Uma mulher vítima de abuso sexual durante dez anos morreu após receber autorização da Justiça para se submeter à eutanásia por meio de injeção letal. A morte aconteceu em 2015, mas o caso foi divulgado recentemente por autoridades do país. Ela tinha cerca de 20 anos e não teve sua identidade revelada. As informações são do jornal Daily Mail.
Documentos publicados pela Comissão Holandesa de Eutanásia informam que a jovem teria sido abusada sexualmente entre cinco e 15 anos de idade. Como consequência, teria desenvolvido transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), anorexia grave, depressão crônica e alucinações, que médicos classificaram como incuráveis.
Segundo o Daily Mail, consultores afirmaram que a jovem era inteiramente competente para tomar a decisão sobre sua própria vida. A notícia da morte causou polêmica em países da Europa, como o Reino Unido.
O membro do grupo Distant Voices Nikki Kenward, que luta pelos direitos dos deficientes, criticou a autorização para a eutanásia.
— É ao mesmo tempo horrível e preocupante que os profissionais de saúde mental possam considerar a eutanásia em qualquer forma como uma resposta às feridas complexas e profundas que resultam de um abuso sexual — declarou.
Robert Flello, do Partido Trabalhista, também se manifestou.
— É quase uma mensagem de que se você for vítima de abuso, e, como resultado tiver uma doença mental, é punido com a morte, que a punição para o crime de ser a vítima é a morte. Isso serve para reforçar por que mover qualquer passo para legalizar o suicídio assistido, ou a morte assistida, é tão perigoso — opinou.
Fonte: Diário Gaucho
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